Pão de queijo caseiro

Eu simplesmente AMO essa iguaria brasileira. Descobri uma receita muito simples faz um tempo, mas fui incrementando algumas coisas aqui, outras ali e todas ficaram ótimas. Segue a receita original e os comentários sobre as modificações. A foto foi tirada quando testei a receita pela primeira vez, logo, sem adição de nenhum ingrediente para além da receita original.

Ingredientes: 

100g de queijo parmesão 

2 xícaras de polvilho doce

1 caixa de creme de leite

1/2 chá de sal

Modo de fazer:

Misture tudo até ficar homogêneo. Pré-aqueça o forno. Faça bolinhas e deixe assar por aproximadamente 10 min (ou até dourarem). Não precisa untar a forma.

Sugestões: 

QUEIJOS: O parmesão pode ser substituído por queijo minas, ricota, provolone, gorgonzola ou qualquer outro tipo de queijo de sua preferência (caso o queijo seja um daqueles temperados preste atenção a dosagem de sal). No caso do queijo minas e parmesão já fiz só com eles, com o gorgonzola e o provolone por exemplo eles não dão certo sozinhos, então misture-os ou com o minas, ricota ou até mesmo o parmesão. Não esqueça das proporções e dosar no sal caso opte por um pão de queijo mais light e só colocar ricota com minas por exemplo. 

RECHEIOS: azeitona, alcaparras, catupiri, bacon, enfim, use a imaginação.

INGREDIENTES EXTRAS: pode ser adicionada a massa ainda crua bacon, mortadela, peito de peru defumado, orégano ou qualquer outro ingrediente que diferencie o sabor do pão de queijo.

Bon Appétit!!!

Rafaela Tavares Fontes

Adeus Pê

Às vezes a morte soa bem-vinda, mas ainda assim não a queremos. Pê, obrigada pelos bons momentos de brincadeiras, risadas, carinho e felicidade que nos proporcionou. Com ou sem brigas você estava sempre ali balançado o rabinho para qualquer um que aparecesse, sempre muito dócil e amável. Acabou seu sofrimento, lutou bravamente, enfrentou dores inimagináveis e ainda assim estava ali ao lado mostrando, adoravelmente, lealdade. E agora, para quem fica, boas lembranças e saudades.

Rafaela Tavares Fontes

Legalização e Marginalização, para quem cara pálida?

Combinado

Em  um dia ensolarado com clima ameno e vento fresco nada mais agradável que passeio ao ar livre. A ideia é diversão, nada de pensar em trabalho, carreira, planejamento, contas, dinheiro no banco, plano de saúde, cursos, estudos, amores, família, enfim, nada disso, o negócio agora é caminhar, que tal fazermos uma trilha? Aonde? Sei lá qualquer lugar. Que horas? Agora. Pode ser depois do almoço? Poxa depois do almoço já tenho compromisso. E amanhã? Também, só se for bem cedo, mas acho que amanhã a previsão é chuva. OK então, vamos marcar para o fim de semana que vem? Claro, vamos nos falando no meio da semana. Tá, mas para onde iremos? Não sei ainda, tantas opções, escolhe ai e me fala. Tá, pode ser aquela que a gente chega em uma cachoeira ai depois da trilha toma um banho. A água deve tá muito gelada, semana que vem a gente vê isso.

Rafaela Tavares Fontes

Ciclo

A vista é linda e isso é incontestável. A chuva se aproximando, a brisa do mar, os barquinhos na lagoa, o nascer do sol na praia e o por do sol nas montanhas, alguns aviões, pássaros voando próximo a janela. Como então pode-se cogitar solidão diante de tudo isso? Como uma linda vista pode suprir a falta das pessoas? Como um dia lindo pode aspirar lágrimas? 

Para onde foi a vontade de andar de bicicleta e ir a praia? Aonde está a felicidade por tocar aquela música no rádio? Mais do que aspirações, desejos e realizações eu quero uma noite em que o escuro não traga a solidão, que as questões da vida sejam compreendidas e que eu tenha sabedoria para encarar sem medo de errar, sem medo de viver. 

E com tudo que sou e que deixo de ser com minhas escolhas e renuncias, ando construindo e desconstruindo, vivendo e morrendo a cada dia. Ainda assim, quero flores com gotículas de orvalho no meu jardim com  metade de um copo cheio de água... para cuidar. E o amor, também encontra-se ao lado... cuidando, vivendo.

Rafaela Tavares Fontes

SIC

"É preciso amar, as pessoas como se não houvesse amanhã..."

Batido isso né? Fico imaginando no meio de uma briga, daquelas siniiiiiiiistras um dos envolvidos falar isso para o sujeito mais irritado. Fico imaginando pessoas preconceituosas lhe dando com seus "extremos". Fico imaginando os filhos não culpando sempre os pais, já que ambos são iguais, pois os filhos crescerão e obedecerão a tendência familiar. Esquece esse negócio de "reconstrução", "adaptação", "novo", apenas repetindo, assim, bem fatalista e hollywoodiano a espera de um final feliz. [sic]

Rafaela Tavares Fontes

Desastre natural

Ao que me concerne o viés da poesia,

choro palavras entre os obstáculos gramaticais.

E com meu pranto poético inundo todo e qualquer suporte linguístico.

A competição que se sucede não basta ser um sujeito simples,

a exigência é saber nadar na inundação.

Rafaela Tavares Fontes

Anônimo

ANÔNIMO - Um sábado desses fui ao "Botafogo Praia Shopping", passei pelo Campo do Flamengo muito verdinho né?!

EU - Então você foi até a Gávea?

ANÔNIMO - Não. Fui até o shopping depois voltei para casa.

EU - Do que você tá falando?

ANÔNIMO - Aquele lugar ali pô, pista, depois verdinho, depois pista, depois praia.

EU - Vulgo Aterro do Flamengo?!

ANÔNIMO - Aterraram lá? Que pena, era tão bonito.

EU - ¬¬'

Rafaela Tavares Fontes